quinta-feira, 11 de maio de 2017

Desfecho

Se tornam estranhos
os laços que se amarram,
por entre paredes e desfiladeiros,
por entre tormentos e deleites,
laços se tornam fracos,
o fio que antes os segurava,
tinha sua indubitável força do aço,
agora não é mais que a corda gasta de uma nau velha,
o tempo se foi e o tempo está,
aqui,
correndo em minhas veias
como o vento frio do oeste,
correndo por aqui
como o destilar dos cintilhões de alcântaras,
do esfriar das estrelas e
a explosão da anã branca.
Ai lá está, no interno interior de uma paixão falha,
de uma elucidação do querer,
o vazio no limbo do esquecimento
já diz o que quer falar,
ou não diz,
não deixa,
não sai,
fica,
perpetuando emoções,
estilhaços de vidas,
fragmentos de memórias,
que foram engolidas por lapsos de momentos.
Desfecho,
despedida,
lembrança.

Adeus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário